Antes da chegada do plástico,era na fábrica de serração do meu avô Manuel que se faziam as embalagens utilizadas pelas mais importantes firmas nacionais ligadas à produção de margarinas,detergentes,etc.,.Deambulando,um dia,pelo escritório da empresa,descobri uns lápis enormes,prateados e com uma mina em cada extremidade:uma vermelha e a outra azul.Se bem me lembro,esses lápis eram usados para apontar,em pequenos e compactos cadernos de linhas,determinados pormenores técnicos ligados ao corte dos grandes toros de madeira que se amontoavam,como estranhas pirâmides,ao longo do recinto fabril.Ora,era nas tábuas já serradas e destinadas às embalagens-as que haviam sido postas de parte,por serem imperfeitas-que eu desenhava,utilizando para o efeito os tais lápis de duas minas.Mas,por que razão trago à baila essa longínqua recordação?Simplesmente porque,numa destas noites,tive um sonho tão assombrosamente real e emocionante que,por muitos anos que ainda viva,o não vou esquecer.Surgindo de uma espécie de neblina dourada,o meu Pai-que já partiu deste mundo-sorriu-me e mostrou-me o que parecia ser uma folha de papel,na qual alguém desenhara uma flor,socorrendo-se de um desses lápis que eu utilizava quando era criança.E fez-me saber-por linguagem telepática-que o desenho que ali via fora feito pela Chispa,uma cadelinha Rat Terrier que me acompanhou ao longo de quase toda a infância e adolescência.Segundo a opinião de reputados médiuns internacionais,o facto de os nossos animais de companhia compartilharem connosco a existência,faz com que ganhem consciência de si próprios e adquiram um grau de espiritualidade idêntico ao de uma criança de tenra idade.Isso faz-me pensar que se tratou não de um mero sonho,mas de um facto real,acontecido noutra dimensão,fortalecendo em mim a certeza de que,um dia,quando eu próprio fizer a grande viagem,me irei encontrar com a minha queridíssima Chispa,e percorrer com ela os luminosos,coloridos e perfumados campos da Eternidade.
UM SONHO FELIZ
Antes da chegada do plástico,era na fábrica de serração do meu avô Manuel que se faziam as embalagens utilizadas pelas mais importantes firmas nacionais ligadas à produção de margarinas,detergentes,etc.,.Deambulando,um dia,pelo escritório da empresa,descobri uns lápis enormes,prateados e com uma mina em cada extremidade:uma vermelha e a outra azul.Se bem me lembro,esses lápis eram usados para apontar,em pequenos e compactos cadernos de linhas,determinados pormenores técnicos ligados ao corte dos grandes toros de madeira que se amontoavam,como estranhas pirâmides,ao longo do recinto fabril.Ora,era nas tábuas já serradas e destinadas às embalagens-as que haviam sido postas de parte,por serem imperfeitas-que eu desenhava,utilizando para o efeito os tais lápis de duas minas.Mas,por que razão trago à baila essa longínqua recordação?Simplesmente porque,numa destas noites,tive um sonho tão assombrosamente real e emocionante que,por muitos anos que ainda viva,o não vou esquecer.Surgindo de uma espécie de neblina dourada,o meu Pai-que já partiu deste mundo-sorriu-me e mostrou-me o que parecia ser uma folha de papel,na qual alguém desenhara uma flor,socorrendo-se de um desses lápis que eu utilizava quando era criança.E fez-me saber-por linguagem telepática-que o desenho que ali via fora feito pela Chispa,uma cadelinha Rat Terrier que me acompanhou ao longo de quase toda a infância e adolescência.Segundo a opinião de reputados médiuns internacionais,o facto de os nossos animais de companhia compartilharem connosco a existência,faz com que ganhem consciência de si próprios e adquiram um grau de espiritualidade idêntico ao de uma criança de tenra idade.Isso faz-me pensar que se tratou não de um mero sonho,mas de um facto real,acontecido noutra dimensão,fortalecendo em mim a certeza de que,um dia,quando eu próprio fizer a grande viagem,me irei encontrar com a minha queridíssima Chispa,e percorrer com ela os luminosos,coloridos e perfumados campos da Eternidade.
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